Os pardos sempre estiveram presentes em todas as classes sociais brasileiras

27/06/2020

Os pardos sempre estiveram presentes em todas as classes sociais brasileiras

Uma característica da colonização portuguesa é que ela era dominantemente masculina. A imigração portuguesa para o Brasil nos séculos XVI e XVII foi composta praticamente somente por homens. Dada essa ausência de mulheres brancas disponíveis ao matrimônio, mostrava-se inevitável que o colono português tomasse como amante uma mulher de origem africana ou indígena, fato que explica o grande número de pardos presente na população brasileira atual.[39] Com a chegada dos portugueses ao atual território brasileiro, operou-se inicialmente a miscigenação deles com as mulheres indígenas e, posteriormente, com as africanas, dando origem a diversos tipos de cruzamentos e, em decorrência, a diversas denominações para classificar essas pessoas: mulato (branco e negro), mameluco (branco e índio), cafuzo ou cabra (negro e índio), bem como pardo, entre outros.[40]

Em certas regiões do Brasil, houve o predomínio da miscigenação entre europeus, africanos e índios; em outras regiões, predominou a miscigenação entre apenas os europeus e os indígenas;[41] e, em outras regiões, houve o predomínio da miscigenação entre europeus e africanos, sendo essa última forma de miscigenação citada tida por muitos como sendo a que ocorreu com mais frequência.[42][43]

Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos no Recife (c. 1880).

O pardo nos censos brasileiros


O termo pardo é usado oficialmente no Brasil para classificação de cor/raça pelo IBGE. No censo de 2010, 43,1% dos brasileiros se auto-declararam pardos. O Brasil adota a auto-declaração para classificar a sua população nas opções de cor/raça branca, preta, parda, amarela e indígena. O termo 'pardo' é adotado nos censos oficiais nacionais brasileiros deste o primeiro, em 1872. Foi substituído por 'mestiço' no censo de 1890, retornando no censo de 1940 e permanecendo até os dias atuais.
Ano Variáveis cor/raça Observações
1872 branca, preta, parda e cabocla
1890 branca, preta, mestiça e cabocla
1900 -
1920 -
1940 branca, preta, parda e amarela parda [caboclo, mulato, moreno]
1950 branca, preta, parda e amarela parda [índio, pardo, caboclo, mulato, cafuzo, mestiço]
1960 branca, preta, parda, amarela e indígena
1970 -
1980 branca, preta, parda e amarela parda [mulato, mestiço, índio, caboclo, mameluco, cafuzo]
1991 branca, preta, parda, amarela e indígena amarela [orientais]
2000 branca, preta, parda, amarela e indígena parda [mulato, mestiço, caboclo, mameluco, cafuzo]
2010 branca, preta, parda, amarela e indígena
Baseado em "Brasil mostra a tua cara" : imagens da população brasileira nos censos demográficos de 1872 a 2000/ Jane Souto de Oliveira. - Rio de Janeiro : Escola Nacional de Ciências Estatísticas, 2003. A Escola Nacional de Ciências Estatísticas é instituição pertencente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pardos - Mestiços

De maneira geral, esse grupo racial apresentava como características "pele parda", "olhos escuros", "cabelos ulótricos", estatura mediana e face estreita.

Cafuso - Significados de Cafuzo Diz-se de, ou filho de preto e índio.
-S. m. Mestiço de pele muito escura, quase preta, com cabelos lisos.
Planta ciperácea.

Cafuzo é a designação dada no Brasil aos indivíduos resultantes da miscigenação entre índios e preto africanos ou seus descendentes
                                                                                                                Por Sue Helen (SP) em 13-02-2008

Resultado da união entre pretos africanos e índios no Brasil.
Foi também no período de mineração, em Minas Gerais, que houve maior mistura entre povos pretos e índios. Sua pele é mais escura que a de mulatos.
                                                                                                 Por María Eugenia Balbi (PR) em 02-02-2009

Mulatos: Chamamos aos de cor parda, possuindo um dos genitores pretos e outro branco, ou um pardo e outro branco.

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